A Energia do Apocalipse
Não bastou o terremoto. Não bastou o tsunami. Veio o acidente nuclear para piorar a situação no Japão. Nossas angústias permanecem com o povo japonês, que agora, além de ter que recompor o país, precisa lidar com uma crise causada pelos riscos inerentes das usinas nucleares.
Há quase 40 anos, o Greenpeace alerta o mundo sobre os perigos da energia nuclear. Os inúmeros avisos, no entanto, não contribuem para minimizar a dor das pessoas que perderam suas famílias, amigos, casas, empregos. Por isso, antes de tudo, queremos mandar nosso mais profundo sentimento de solidariedade a todos os japoneses e seus familiares.
Olhando o desastre no Japão, fica claro que ao grau de devastação das forças da natureza junta-se agora à tragédia nuclear, fruto da imprevidência e da aposta num tipo de energia cuja essência é a destruição. Ela também está perto de nós, aqui no Brasil.
As usinas Angra I e II passam frequentemente por pequenos acidentes. Elas estão em terreno arenoso, próximas ao oceano e entre as duas maiores cidades do país. Qual é o plano do Brasil para evacuar as pessoas que moram em um raio de 20km dessas usinas, como fez o Japão?
Por que nossas usinas nucleares não são tão seguras como dizem as empreiteiras e o governo e por que investir nelas quando há outras formas de geração mais baratas, limpas e infinitamente menos ameaçadoras?
Investir em usinas nucleares sempre foi arriscado. O que acontece agora no Japão é só mais um exemplo do perigo que a insistência de governos pode causar à humanidade
Usina Nuclear no Japão
Pouco mais de 24 horas após o anúncio do vazamento radioativo na usina nuclear de Fukushima, o balanço dos fatos já assusta. Mais de 210 mil moradores da região onde fica a planta tiveram que ser evacuados e outros 160 estão sendo mantidos em quarentena pelas autoridades, que receiam o risco de contaminação por radiação. Ninguém escapa, crianças, adultos, idosos, animais, plantas. Tudo e todos que estavam ao redor da usina correm o risco de serem afetados pelo vazamento. Isso por que, segundo informações anunciadas pelo governo japonês, a usina não foi planejada para aguentar tremores superiores a 7,9 graus na escala Richter, bem abaixo da intensidade do terremoto que atingiu o Japão, que foi revista hoje para 9 graus.
As consequências podem ser devastadoras. "O impacto da liberação de radiação ao meio ambiente não impacta apenas a população diretamente afetada na área. A radioatividade perdura por várias gerações, tanto em organismos humanos, quanto em terras que deixam de produzir alimentos ou servir de moradia a populações, como foi o caso em Chernobyl", disse o responsável pela campanha de energia do Greenpeace Brasil, Ricardo Baitelo.
Em reportagem publicada no jornal americano New York Times, especialistas já haviam alertado que a usina não estava funcionando adequadamente logo em seguida ao terremoto. A reportagem relata que quantidades de césio foram detectadas, uma indicação clara de que o combustível que alimenta a planta já estava danificado.
Apesar disso, as autoridades se mantiveram inertes por horas até ordenarem a evacuação da área. Horas essas valiosas para a vida de milhares de pessoas. Para Baitelo, a falta de informações claras das autoridades é um dos principais problemas num caso como esse. "As informações que chegam das autoridades são desencontradas. Percebe-se clara falta de transparência quando o governo japonês diz que a situação está sob controle, quando na verdade ainda há um risco ainda iminente de derretimento do núcleo de dois reatores e a probabilidade de mais vapores radiotivos serem liberados ao meio ambiente para o controle da temperatura dos reatores".
No Brasil, apesar de termos "apenas" duas usinas - número irrisório se comparado ao Japão, que possui 55 plantas - o problema não é diferente. Transparência é palavra rara no vocabulário dos administradores do complexo nuclear brasileiro, que não assumem a responsabilidade, por exemplo, da contaminação provocada pela mina de urânio de Caetité. Por aqui a fiscalização e a regulação do setor nuclear cabem ao mesmo órgão, o Conselho Nacional de Energia Nuclear (CNEN), trazendo uma série de contradições entre o desenvolvimento dessas atividades e a garantia da segurança das operações. "A contradicao é que o mesmo setor que promove atividades nucleares e que quer se expandir é aquele que tem que fiscalizar e coibir atividades ilegais e infrações, o que obviamente acaba nunca acontecendo", afirma Baitelo.
Ainda assim o governo brasileiro planeja construir oito novas usinas nos próximos 20 anos. E como se não bastasse, o ilustríssimo ministro de Minas e Energia Edson Lobão, junto com a Eletronuclear, tem ambições ainda maiores: a divulgação de um estudo com 40 locais que poderiam receber plantas nucleares. Para especialistas, está mais do que provado que o Brasil não precisa conviver com os riscos da energia nuclear.
Mais risco
As últimas informações divulgadas pelo governo japonês mostram que o receio de uma tragédia nuclear de proporções ainda maiores está longe de ser resolvido. Segundo a Folha de S. Paulo, outras duas usinas apresentaram problemas em seus sistemas de refrigeração, o que aumenta as chances de novos vazamentos radioativos ocorrerem. De acordo com anúncio da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), as plantas de Tokai e Onagawa estão recebendo atenção especial de técnicos que tentam esfriar com água do mar os reatores superaquecidos, o que é considerado por estudiosos um ato de desespero. "A situação se tornou tão crítica que não tem mais, ao que parece, a capacidade de fazer ingressar água doce para resfriar o reator e estabilizá-lo, e agora, como recurso último e extremo, recorrem à água do mar", disse Robert Alvarez, especialista em desarmamento nuclear do Instituto de Estudos Políticos de Washington.
E se o recurso "último e extremo" não for suficiente para manter a situação sob controle? E se outro vazamento radioativo acontecer? O resultado já pode ser visto agora: populações inteiras sendo deslocadas, inocentes correndo o risco de contaminação. Investir em usinas nucleares sempre foi perigoso e o que acontece agora no Japão é só mais um exemplo do que a insistência dos governos pode causar à humanidade. "Infelizmente estamos vivendo mais uma prova real de que a energia nuclear é uma fonte extremamente perigosa, capaz de impactar a vida de milhares de pessoas", disse Baitelo.
O caos impera no Japão. Em meio a informações ainda desencontradas, o mundo assiste ao país que sofreu ao pior terremoto seguido de tsunami de sua história viver o temor da contaminação nuclear. Desde o dia do desastre, dois reatores do complexo nuclear da cidade de Fukushima apresentaram problemas e começaram a vazar radiação, obrigando a evacuação de milhares de pessoas.
http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/
Quem sou eu

- Tete da G.O. Cozza
- Rio de Janeiro, RJ, Brazil
- Sou Terapeuta Holística por missão, CRT 36 718, espiritualizada, e procuro a verdade e entendimento dentro da religiâo que abracei. Pesquiso sobre a cultura africana, celta, cigana, anjos cabalísticos, cristais e cromoterapia. Adoro poder acordar e ver que apesar de tudo, a Natureza contínua exuberante e majestosa. Minha família é muito especial, herdei deles a decência, a generosidade, paixão pela musica, a apreciação pela boa comida e boa conversa.
Agradecimento.
Nesta mensagem quero agradecer, de coração
aos meus Ancestrais e meus Descendentes, por tudo que sou e tudo que tenho ...
ao meu Grande Mestre, Professor Luiz Moura (In Memorian) e sua esposa Ana Moura, que me deram oportunidades e caminhos de conhecimentos que, despertando em mim o dom adormecido me fizeram conhecer entre tantas coisas, a beleza, o poder de cura e a magia dos cristais e pedras preciosas ...
a Professora Fátima Soares com seus Florais de Bach e Cultura Wicca ...
a Professora Norma Estrella que me ensinou a beleza dos Números e Cromoterapia ...
a Professora Dalva de Oshun com seus Mistérios Ciganos e Magia dos Orixas ...
Agradecer também aos meus amigos e amigas presentes, ausentes e meus novos(as) amigos (as) virtuais ...
Aos meus queridos irmãos e irmãs de crença, fé e força ...
Um beijo no coração de todos !!!
Tete da G. O. Cozza
Tziphora
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